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quarta-feira, 30 de junho de 2010
Quando de mim sou ausente...
Quando de mim sou ausente...
Ando naqueles dias de repartimento,
Repartir.
Quando há algo na engrenagem que se amiúda dentro de você, e vai repartindo, repartindo, remoendo,mastigando, lacerando...
Esfacelar.
Algo que parte e espedaça,
Desalenta.
Ando acabrunhada de mim.
Um não sei que de revoltosa maresia,
Se um barco, a esmo, quase a naufragar...
Se naufrago, a mitigar a solidão...
Há um desassossego descomunal,
Um revolver de entranhas.
Turbação.
Há em mim,
Um murmúrio repetido que é quase ensurdecedor...
Ando naqueles dias de contar letras que se separam,
Quando consoantes rejeitam veementemente as vogais,
Dias sem pontos nem vírgulas.
De textos sem parágrafos, inteiros, longos e arfantes...
Ando sem verso e sem prosa
Dias de poesia espremida.
Dias de torcer a palavra.
E retorcer,
E distorcer.
Dias que sugam a sorte.
Cercados de desertos.
Incertos.
Ando sem rumo,
Surda no que me é falta de cor e calor.
Cega,
Quando o silêncio é açoite e abandono...
Dias assim...
Apartados,
Ando assim,
Ausente de mim...
Fragmentos de Estação
Fragmentos de Estação
“... Há algo que jamais se esclareceu:
onde foi exatamente que larguei
naquele dia mesmo o leão que sempre cavalguei?
Lá mesmo esqueci
que o destino
sempre me quis só
no deserto sem saudades, sem remorsos, só
sem amarras, barco embriagado ao mar...”; INVERNO, de Antonio Cícero.
Tem de mim nessas palavras, tem de mim nesse leão.
Inverno é letra, poesia, filosofia,
Inverno é Estação,
Frio, ainda que seja verão.
Canso,
Tanto que já cavalguei,
Por vezes, danço, tanto que já dancei.
E tanto que já lutei,
Há gladiadores em mim,
Porém num desdém, quiçá do destino,
Trombo, caio,
Nesta hora sou só, sem fera,
Apenas só.
Só...
Tem de mim numa insana solidão,
Num saber que, querer advinhar,
Prognosticar:
Presságios das cartas,
Das mãos do destino,
Que lê em voz alta,
Ser livre, fragata,
Num mar que desata,
Nau atemporal.
Liberta,
Asas ao léu.
Só...
Só,
Veementemente só.
“... Não sei o que em mim
só quer me lembrar
que um dia o céu
reuniu-se à terra um instante por nós dois
pouco antes do ocidente se assombrar...” - Inverno.
A lucidez é retrátil,
Sorte e sortilégio,
De novo, ele,
Juntou, no amor pleno agasalhou...
Instante é infinito.
Felicidade paralela à tristeza.
Amor,
Tênue traçado que separa da dor...
“... No dia em que fui mais feliz
eu vi um avião
se espelhar no seu olhar até sumir.
De lá pra cá não sei
caminho ao longo do canal
faço longas cartas pra ninguém
e o inverno no Leblon é quase glacial. ...” - Inverno
Mas, para não dizer que afetos são poucos,
Vivi o múltiplo dos sentimentos,
Escrevo em grafo de grafite ou sangue:
É plausível a felicidade.
Quer de carne, cera ou papel de seda...
O reverso,
Esse sim
É frio que embaralha a alma,
Faz tremer em calafrios no verão.
É inverno constante,
Determinante.
São letras descompostas,
Qual fazer cartas errantes...
Adendo: “Fragmentos de estação” escrito inspirado na poesia de Antonio Cícero, “Inverno”, composta para a música de Adriana Calcanhoto. Neste caso, música primeiro, letra/poesia , depois.
domingo, 27 de junho de 2010
Manejo teu colo e Avidez do encontro- EROTRIX, da Série " Canções e Re-Versos"
“... Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...” – Paixão – Kleiton e Kledir.
EROTRIX
Manejo teu colo,
Avanço, aos botões...
As mãos se convidam,
Expectativa...
Avidez do encontro
Pressa e fome
No caminho: Fecho éclair
Arrancar... a_final...
Reduza, Reutilize, Recicle ( Sentimentos e emoções)
REDUZA
A falta eterna de tempo
Desacelere o pensar
Relaxando, vai acertar...
REUTILIZE
As palavras embotadas, surradas
Os versos rotos podem ser arranjados
Velhas poesias serão sempre boas e podem ser belas!
RECICLE
O velho coração, os sentimentos antigos
Repare as adormecidas emoções
Recomeço é sempre bom!Revigora alma!
Chegou,beija-flor,adonou-se da flor,beijou - Da série " Canções e Re - Versos"
“... Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir...
Fui eu que mandei o beijo
Que é prá matar meu desejo
Faz tempo que não lhe vejo
Ah! que saudade d'ocê...” - Ai Que Saudade D'ocê- Vital Farias
Poetrix
Chegou
Nem avisou
Pousou suave
Beijou.
Beija-Flor
Entra desavisado
Pousa no coração
Saudade...
Adonou-se da flor
Por um instante
Saudade sorvida
Beijo e lembrança.
Beijou
Recado deu
Saudade contou
Da flor o cheiro levou.
Tres ERRES - POETRIX
Reciclar - ACROSTRIX
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Before and After......
Before and after (EC)
Ontem, cartas, bilhetes, telegramas, mensagens: em garrafas, de fumaça, levadas pelo pombo-correio.
Hoje, e mail, twitter.
Ontem telefonemas,
Hoje webcan, Messenger, Skype,
Ontem, carroças, charretes, lombo de burro, bicicletas, viagens de carro, trem, navio, metrô, avião,
Hoje viagens virtuais, namoros, noivados e casamentos on-line.
Teleconferências. Conversas, reuniões pelo mundo,sintonizadas entre milhares de pessoas de diversos lugares, continentes,em tempo real ( dispensado o delay).
Ontem,
Diários, cadernos de mensagens, questionários, álbuns de fotografias e de lembranças,
Hoje, blogs, home pages, sites, quizzes, aplicativos.
Ontem encadernações com as primeiras informações do Bebê, cachinhos de cabelo colado,
Hoje, Book on line.
Ontem listas de presentes de casamentos e chás, nas lojas,
Hoje nos sites das lojas.
Ontem, jornais, revistas, livros, enciclopédias escritos, encadernados e impressos.
Hoje, jornais, revistas, livros on-line e páginas pessoais, redes.
Ontem casas, hotéis, pousadas, hospedarias, e redes somente as de Lojas e aquelas para deitar, embalar...
Hoje, provedores, hospedeiros, Redes, lugares/espaços onde se instalam os seus habitats virtuais.
Ontem, um ou dois endereços reais, residencial e profissional.
Hoje, um sem número de endereços eletrônicos,
Existir em tantos places, habitar tantos continentes e línguas, ocupar espaços diversos de uma vez só, sem precisar se repartir.
Ontem “um mundo real”.
Hoje “o universo Virtual”.
Ontem um mundo real, feito de gente, pessoas, animais...
Hoje um mundo virtual, de fakes, avatares, vidas paralelas, amizades e amores virtuais, paixões avassaladoras virtuais e irreais.
Ontem um ser,
Hoje um não ser, não, saber.
Ontem o que escrever.
Hoje o que teclar...
Ontem rádios, vitrolas, eletrolas, discos, CDS,
Hoje
MP3, 4, 5, 6.
Um mundo antes da Internet, outro depois.
Ontem um mundo restrito por cifras, condições sociais, culturais...
Hoje um universo paralelo e ilimitado,
Afinal até Museus de Obras de Artes raras e famosas podemos acessar.
Acessar.
Acessar, segundo Aurélio: 1. Estabelecer comunicação com (computador, ou dispositivo a ele ligado), para fazer uso de seus recursos, ou dos serviços por ele oferecidos.
Ontem, antes, falávamos, líamos, escrevíamos, víamos e ouvíamos.
Hoje, acessamos, logamos, linkamos, baixamos, teclamos ,fazemos download...
É fato.
Mudamos...
Divide-se aqui quem somos, quem fomos.
A marca indelével entre esses períodos, antes e depois, é sem indubitavelmente o Advento da Internet.
*****
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Enquanto a Internet Não Vem
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/seminternet.htm
Dias Corridos.....
Dias corridos (EC)
Hoje terei um dia pra lá de cheio.
Primeiro ir às aulas, na volta passar todos os apontamentos a limpo e ligar para Bárbara para pedir o caderno da aula de ontem que faltei. Ah, se não fosse ela, mas amanhã ela leva para o colégio e tudo bem.
Não posso esquecer de ir ao Banco checar se a grana da mãe chegou e fazer logo os pagamentos de rotina. Na volta passo na Banca e compro uns jornais e revistas para me atualizar. Mais tarde junto com a turma de casa (tios e primos) vamos nos reunir para ver a novela (últimos capítulos) e depois a final do Festival de Música na TV. Imperdível.
Essa minha compulsão por livros tem que dar uma parada, tenho uns tantos para ler, fora os que empresto das amigas e da Biblioteca. Haja tempo para leitura. Se der, inda quero dar uma passadinha no cinema, tem filme novo e bom...
Eita, não posso esquecer de passar nos Correios e colocar as cartas para a Mãe, frei Danilo e mais as outras... Nem sei como arranjo tempo para escrever tantas cartas...
Essa minha vida corrida e moderna e atribulada...
Some years later...
É quase 01h30min da madruga, bye galera do Twitter, vou nessa, até a amanhã! (sign out), fechar tudo, sair do Face, do My space, do Meet, do Sonico, Orkut, sair, sair, sair... fechar Encanto, Recanto, Poepaz, Blog, Hotmail, Gmail, dar “até” para o povo do Google talk , do MSN. Ufa!... E trava tudo, também zilhões de páginas abertas (afff).
Quase duas.
Dia seguinte.
Atividades do dia em ação. Trabalho: Acessar os Sistemas SIAFI, SIASG e outros SI, Consultas mil: Receita, Caixa, GRU, Fazenda, etc. nos sites via net. Pelo meio, acessos rápidos na virtualidade poética, e também no Banco on line para pagar, transferir, ou coisa assim.
Passar na mãe e conecta-la para falar com o irmão que mora fora pelo Skipe, correr para cá e para lá sabendo tudo do mundo, sem quase precisar sair da cadeira, ou da cama ou do sofá... A coluna que sente.
Alimentar muitos sites, páginas, se jogar no mundo, no universo, ufa! Cansa a beça. Se der confiança, nem rua, nem cinema, nem dança ai quem dança é eu...
Vício ou necessidade? Comodidade ou acessibilidade?
Respondam-me, por favor.
Mas por e-mail ta?
roseane_spmferreira@hotmail.com
Ou
roseane.ferreira36@gmail.com
https://twitter.com/Roseanezinha
Se não me achar, ache-me aqui:
http://anezinha-oessencialinvisvelaosolhos.blogspot.com/
*****
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Enquanto a Internet Não Vem
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Ícones e Pinturas
Ícones e Pinturas (EC)
Algumas situações marcam definitivamente tatuando-se na nossa memória.
Diria que alguns objetos, simples, tornaram-se Ícones da infância. E algumas imagens viraram fotografias vivas no rememorar. Qual pinturas.
Há long time ago, morei numa ilha, paradisíaca eu diria. Numa época que sequer energia elétrica havia. A casa cujos fundos ficavam para a praia era confortável, ampla, um quintal meio pomar, cheinho de árvores, frutas, um pedaço do meu universo infantil. De lá avistava a praia, as canoas ,os pescadores indo e vindo com suas redes,o burburinho quando elas chegavam abarrotadas de peixe,o mar que horas subia, noutras baixava. Enchia e vazava.
ÍCONES destaco alguns entre inúmeros: LAMPARINA na cozinha na hora do jantar, um pouco depois das dezoito horas, FAROL pendurado ao alto da parede bem fraquinho, que era apagado pelo pai assim que dormíamos. CANDEEIRO na mesa em muitas noites para estudar, A RÉGUA de minha mãe que me lambava as pernas se eu não acertasse todo o questionário de mil perguntas sobre o ponto do dia, a minha BICICLETA MONARK com a qual eu virava Salvaterra de cabeça para baixo, com hora certa para chegar em casa, as dezoito impreterivelmente tinha que chegar para tomar a benção dos pais e da vó. Isso era infalível. A BOIA feita de CASCA DE CÔCO seco para que eu aprendesse a nadar.
ÍCONES.
PINTURAS são tantas, mas posso descrever algumas como os banhos de praia rotineiros junto com um rol de amiguinhas conduzidas e observadas pelo meu pai. Quando as chuvas levantavam quase todos os dias íamos à praia atrás de casa, no horário depois da aula para um mergulho rapidinho.
Depois do jantar e sem energia, sob a luz das estrelas em volta do meu pai eu e um monte de crianças nos reuníamos e nessa hora ouvíamos histórias de assombração, era demais... Antes da seção “crendices”, brincávamos de roda, Cai no poço, cemitério e pira no entorno das casas, sob os olhares de nossos pais que colocavam as cadeiras na frente e ficavam tomando vento, proseando entre uma estrela cadente ou outra.
De tanto que contávamos estrelas apontando ao céu, nasciam muitas verrugas nos nossos dedos.
De bicicleta eu rodava praticamente o mundo todo. A pintura agora é o Farol da praia do Portinho aonde ia quando a maré baixava e tinha que voltar antes que enchesse para não ficar ilhada por lá. Puro perigo.
Outra pintura é a rampa do Porto da Rua da Frente, onde descia de Bike em velocidade , é claro, e tantas vezes cheguei em pedaços (digo, mãos, joelhos em carne viva), pois precisava muita técnica para tal intento. O engraçado disto é que quando chegava em casa, minha mãe já sabia da proeza e me esperava muito aborrecida, ai imagina o resto né... curativo e peia.Ou vice-versa.
Divertidíssimo. A vida, a rotina, o simples, o belo. Tudo.
Havia um segundo paraíso particular onde me perdia chamado a pequena e simples biblioteca do Grupo Escolar Prof. Ademar Nunes de Vasconcelos. Penso que no que tange as Fábulas, li de tudo, sorvi tudo. Escolhia, retirava e levava para casa. Volumes e volumes, Fábulas dos Irmãos Grimm, toda a coleção de Monteiro Lobato “Sitio do Pica-pau Amarelo” (sem ilustrações), As mil e uma noites, Alices e mais Alices, no país das maravilhas, no reino do espelho, Contos e contos, e fazia isso já aos seis mais ou menos. De Belém, pela canoa quase que quinzenalmente vinham às coisas que meu avô aviava e mandava, para mim, livros de cruzadas, revistas, gibis diversos, novos e já lidos. Como adorava quando a canoa chegava. Cada item que meus tios e avós de Belém mandavam era apreciado. Literalmente.
E as bonecas?
Tinham muitas que minha vó de Salvaterra mandava buscar em Belém, em S. Paulo, uma mais linda que a outra e minha mãe mandava a nossa costureira fazer roupas graciosas para elas, do mesmo tecido que as minhas. A filha da costureira era a costureira das minhas bonecas. Puro capricho.
Deitávamos cedo, acordávamos cedo, aproveitávamos o dia.
E as frutas do quintal? E nos intensos dias de chuva, colocando na janela barquinhos de papel para vê-los descendo na força das águas. Tinha também as frondosas mangueiras na minha rua, todas bem no meio ao longo da rua e com o vento e a chuvarada formavam tapetes Amarelo-Manga as crianças correndo para pegar...
E as Tanajuras? Saiam junto com a chuva e a molecada toda sai para caçá-las, e fazer fritadas das suas traseiras...
Cenas pintadas com tintas verdes, amarelas, azuis... Das cores de cada dia...
E a PINTURA dos bichos? No quintal tinha um grande galinheiro, o que atraia muitas Mucuras, meu pai fazia as armadilhas e elas eram pegas vivas, às vezes com a bolsinha cheia de mucurinhas. Muitas delas eu vi meu pai dar para os meninos da rua que iam preparar para comer.Dizem que a carne tenra parece de frango.
E as cobras que meu pai matava, às vezes estavam enroladas na madeira do telhado da casa, e muitas transitavam pelo quintal.
E os potes de água com uma rãzinha dentro? E as chaves da casa que joguei no poço, meu pai teve que descer lá para pegar.
Uma PINTURA forte é a imagem das noites de junho, em volta das fogueiras, queimando Estrelinhas, Chuveiros, passando fogueira, fazendo adivinhações e aquelas deliciosas brincadeiras que dizem até a letra do nome de quem vamos casar. Além das competições: Pau-de-sebo, quebra-pote, corrida do saco, do ovo na colher e tantas mais...Tudo a luz de lua, estrelas.
Em dias especiais o Boi ia dançar na frente de nossa casa, e em outros íamos todos ao Centro paroquial assistir a apresentação do magnífico “Rouxinol”.
Ícones e Pinturas.
Agora me digam, sinceramente, o que disso hoje é vivenciado?O advento da tecnologia invadiu as praias, a internet invadiu a vida de cada um de nós. Por isso estou aqui a teclar, ao invés de escrever a escrita tradicional. Não é bem enquanto a internet não vem, mas enquanto ela não veio, e aquela época tão cheia de aventuras, não fez falta alguma.
Está tudo eternizado na pintura viva da minha mente. Nada foi deletado.
Tudo aconteceu enquanto a Internet não veio.
*****
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Enquanto a Internet Não Vem
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Porque não sol? Rondel
Por que não Sol?
Quero contigo arroubos de noites quentes sem igual
Quero sol que doura, noites belas qual clarão do dia.
Hoje sei que é pleno e possível, sei esse amor é real.
Então salva do frio lancinante, deixa entrar energia.
Sei da escuridão, do abandono, do reverso, da agonia.
Do vento açoite de outono, da ilusão, ser só ao final.
Quero contigo arroubos de noites quentes sem igual
Quero sol que doura, noites belas qual clarão do dia.
Quero janela escancarada, flores e pássaros em uno coral.
Quero o livre que o amor concede, sem milagre, fantasia.
Apenas um rogo, querer ser feliz, gozo pleno, êxtase total.
Não ser tão só, ruir da solidão, cão sem dono, sem alegria.
Quero contigo arroubos de noites quentes sem igual.
Inspirado em “Noites com sol”, de Flávio Venturini.
domingo, 20 de junho de 2010
Alma de Poeta - Da série " Canções e Re - versos" POETRIX
..Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons... (Choro Bandido -Edu Lobo)
Poetrix
Alma de Poeta
Sôfrego flanar
Veia conduz poesia
Composto de canções...
Poeta, seu endereço
Ruas, calçadas, vielas
Beiras do cais
Coração nosso...
Ferido a sangrar
Pobre a mendigar
Insigne viver
Poeta há de encantar...
Caudaloso amor -Poetrix, da série "Canções e Re-Versos"
Apresento aqui a minha primeira série, idéia que tive a partir de Poetas como Nena Medeiros, Ângela Rodrigues, Sílvia Regina que classificam seus escritos em séries.
A esta darei o Título de “Canções e Re-versos”, inspirada em trechos que se destacam ao meu perceber em diversas canções.
... Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
Esqueço que amar
É quase uma dor... (Oceano - Djavan)
Poetrix
Caudaloso
Teus rios em mim
Eu, mares abertos
Desaguamento...
Amor
Quase sofrimento
Dores, dissabores
Amar, quase um latejar...
Diversos Estilos e derivações do POETRIX sobre o mesmo tema- Não é o que parece
Não é o que parece - variações do POETRIX (EC)
Equívoco
Esquivou-se
Em outros braços, perdeu-se.
Ou se achou?
Aquecimento
Entontece,assanha,acende
Fogo na/de palha
Só ensaio...
ACROSTRIX
Engano
EN tão não era amor
GA nhou enfim liberdade,
NO va ilusão, invisíveis correntes.
TAUTOTRIX em “P”
Prevenção
Parecia puro, placidez.
Pressuposto presente
Pressentia pedras, paz perdida.
Equívoco - LETRIX
E
Q
U
I
V
O
C
O que parece ser// supostamente//não foi, sequer será.
CRUZADATRIX
Não é o que parece
C
O
I
N
C
I
D
SEMELHANÇA
N
C
I
MERA
EROTRIX
Sal
Suores, derretimento
Desejos apontando
Convid (a) tivo.
POETRIX INFANTIL
Engano na Fábula I
Parecia boazinha
Adocicada velhinha
Epa! Era o Lobo mal!
Engano na Fábula II
Era uma linda princesa
Ares de pura ingenuidade
Errou: Era a bruxa disfarçada!
Engano na Fábula III
Apetitosa, vermelhinha
Morde com vontade...
Cai de repente a princesa!
PALAVRATRIX
Enganos (em família)
A
Parente
Mente...
MINICONTRIX
Qualquer semelhança...
_ Que tu guardas aí afinal?
_ na cueca???
Parecia outra coisa...
*****
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Não É o Que Parece
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Sobre amar, divagando...II
Sobre saudade
Tres ERRES de Esperança _ POETRIX
sábado, 19 de junho de 2010
Toda Paixão - Poesia da Série " Canções e Re- versos"
...Tens um não sei que
De paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou... ( Paixão- Kleiton e Kledir)
Toda paixão
Tudo em ti é belo e tão intenso
Teu amor porta aberta ao amar
Tudo em ti é luz, brilho imenso
Teu corpo faz ir ao céu e voltar.
Tudo em ti ressoa em doce harmonia
Corpo, pele, lábios, olhos. tudo enfim
Amar-te é ápice, êxtase pleno, alegria
Achar-se perdido de tanto amar assim.
Teu amor me faz feliz, faz-me tão bem
Leva a alçar vôo infindo, interminável
Ao paraíso chegar, ir sempre mais além
Contigo denso amor, inebriante, inefável.
Beija-me, com boca de perdição
Toma-me levando-me ao paraíso
Quero-te inteiro na tua perfeição
Arrebata-me é tudo o que preciso.
Tanca 94
Trovas para ti- Da Série "Canções e Re - versos"
“Nem o sol
Nem o mar
Nem o brilho
Das estrelas
Tudo isso
Não tem valor
Sem ter você...” Quando te Vi – versão de Beto Guedes, original: Till There Was You
Lennon / McCartney
Trovas para ti
I
Radioso sol a brilhar
Azul do mar céu estrelado
Nada tem cor, motivar
Sem ti, ser desencantado.
“... Sem você
Nem o som
Da mais linda
Melodia
Nem os versos
Dessa canção
Irão valer...”
II
Música sem melodia
Arte sem inspiração
Sem ti, verso sem poesia
Eu sem ti, só solidão!
“... Nem o perfume
De todas as rosas
É igual
A doce presença
Do seu amor...”
III
Quão belo seja o jardim
Quão perfumado pareça
Nada se compara assim
Ao que em mim teu amor exerça.
“... O amor estava aqui
Mas eu nunca saberia
Do que um dia se revelou
Quando te vi...”
IV
Se existia amor, não sabia
Se era doce ou se perfeito
Ao te saber cri, existia
Ao te ver, flecha no peito.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Amantes - Múltiplo Tautotrix
Amplo aquiescer
Atraindo
Arrebatamento
Amantes amam avidamente.
Mares mergulhar
Melodiosamente
Misturar
Música, maresia...
Abraçar
Arrulhando
Aquecer ardentemente
Afoito arfar...
Na nudez
Naturalmente
Nas nuvens navegar
No néctar naufragar...
Terna tempestade
Tateando toda tez
Transluzindo
Tórrido Turbilhão.
Encontro
Ensejar
Êxtase embriagador
Embrenhar-se, entrelaçamento.
Simbiose
Sensível sintonia
Sentimentos sôfregos, secretos.
Sensório silêncio.
# Publcado em "Poesia- on-line" de hoje, mote: Amantes
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Ausente,vago,sutilmente...perdido (Tautotrix)
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Escrevo para.........
Quando escrevo exorcizo fantasmas, é meio abstração e também minha realidade se despindo.Sou eu me confessando a mi mesma.
Um Poetrix ...verdinho......
Escrevo para....
Escrevo para por no mundo pequenas ânsias, escrevo para aportar desejos aflitos, escrevo para me salvar, é como Jogar as âncoras, o barco ora vai ao sabor das ondas, ora é a deriva....
Escrevo para acariciar as suas almas,e ser tocada por seus olhos impressos de brilho!
escrevo para Gozar,Flutuar, ser e merecer, Escrevo para seus delírios, seu deliciar!
Escrevo para vocês,
Agradeço seus olhos em mim, na minha ruptura poética!
Escrevo!
Muito grata por me sorverem as letras!
A todos que aqui passarem seus olhos, mentes e corações!
Rose
Escrevo para acariciar as suas almas,e ser tocada por seus olhos impressos de brilho!
escrevo para Gozar,Flutuar, ser e merecer, Escrevo para seus delírios, seu deliciar!
Escrevo para vocês,
Agradeço seus olhos em mim, na minha ruptura poética!
Escrevo!
Muito grata por me sorverem as letras!
A todos que aqui passarem seus olhos, mentes e corações!
Rose